O Poder da Empatia: A arte de tratar o outro como ele precisa ser tratado

A arte de tratar o outro como ele precisa ser tratado
O poder da Empatia - Imagem criada pelo Bing


Durante muito tempo, fomos ensinados a seguir a regra de ouro; ou seja, “trate os outros como você gostaria de ser tratado”. Essa frase, embora carregada de boas intenções, parte de uma premissa limitada de que o que é bom para mim, necessariamente será bom para o outro. No entanto, o que é bom para mim pode não ser o que o outro precisa.

A verdade é que cada pessoa carrega uma bagagem única, com experiências, crenças, emoções e formas distintas de se sentir acolhida. Essa forma de pensar deve valer para todas as relações; ou seja, familiares, profissionais e afetivas.

O que devemos pensar é que o que nos conforta pode ser indiferente para alguém; o que nos parece respeito, pode soar como invasão para outra pessoa. E é justamente aí que entra o poder transformador da empatia.

Empatia não é apenas se colocar no lugar do outro. É se colocar no lugar do outro como ele é, e não como nós somos. É sair da nossa perspectiva e mergulhar na realidade alheia, buscando entender suas necessidades, seus limites e seus desejos.

Tratar alguém como gostaríamos de ser tratados pode parecer nobre, mas muitas vezes é um ato de projeção; ou seja, projetamos nossas preferências, nossos valores e nossas formas de lidar com o mundo sobre o outro, sem considerar que ele pode ser completamente diferente de nós.

A verdadeira conexão humana nasce quando nos dispomos a perguntar, a escutar e a observar, antes de tomar atitudes que podem afetar emocionalmente alguém, mesmo que com boas intenções.

Indo por essa linha de pensamento, ao perguntarmos, ao respeitarmos o espaço e ao adaptarmos nossas atitudes ao que o outro realmente quer, transformamos uma intenção em cuidado genuíno.

No entanto, para que se possa perceber os sentimentos, as convicções e a perspectiva de outra pessoa, mesmo que diferentes das nossas, são necessárias humildade, sensibilidade e disposição para sair do nosso próprio centro.

Nesse sentido, tratar o outro como ele gostaria de ser tratado é um exercício constante de escuta e presença. É renunciar à nossa zona de conforto para construir pontes reais. É reconhecer que o outro tem o direito de ser diferente, de sentir diferente, de precisar de algo que talvez nunca tenha passado pela nossa cabeça. E isso não é fraqueza, é maturidade emocional.

Por fim, a empatia é uma escolha. Uma escolha que exige esforço, mas que transforma relações, cura feridas e constrói vínculos verdadeiros.

Eu espero que você escolha olhar para o outro com respeito, com curiosidade e com a disposição de tratá-lo como ele precisa e não apenas como você gostaria, uma vez que é nesse gesto que reside o verdadeiro cuidado. Até a próxima!

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