Você já andou para a frente hoje?

  

medo do desconhecido
Perder o medo do desconhecido - Imagem criada pelo Bing -

Sim, é exatamente isso que estou perguntando. Talvez, ao ouvir essa pergunta, você tenha pensado: “Essa mulher enlouqueceu...”

Afinal, andar para a frente parece óbvio. A expressão soa até redundante, um pleonasmo, já que o ato de andar, por si só, pressupõe movimento adiante.

No entanto, na prática, muitas pessoas continuam andando para trás. Repetem hábitos que já não fazem sentido, insistem em manter relações que sugam sua energia, tudo para não romper com o conforto mental que a familiaridade proporciona. 

É curioso como o ser humano, mesmo diante do desconforto da estagnação, muitas vezes escolhe permanecer exatamente onde está. Não porque ali seja bom, mas porque é conhecido.

Na verdade, a estagnação vem carregada de um sofrimento que destrói a esperança de felicidade, de forma silenciosa, lenta, quase imperceptível. 

Olhando para esse lado sombrio de não tentar renovar, cabe a reflexão de que a mente cria a ideia distorcida de que saber lidar com o sofrimento é mais seguro do que o risco de algo novo.

Por sua vez, o novo é onde nascem os recomeços, os encontros inesperados, as descobertas que nos fazem vibrar.

Contudo, o novo, por mais promissor que pareça, carrega em si uma dose de incerteza, e é justamente essa incerteza que assusta. O desconhecido não oferece caminho seguro e nem garantia de realização e felicidade.

Por conta disso, o medo se instala como um guardião da zona de conforto, nos convencendo de que é melhor sofrer com o que já conhecemos do que arriscar uma dor diferente, ainda que essa dor possa ser passageira para nos conduzir ao crescimento.

Apesar disso, o importante é sempre ter em mente que o medo do novo é barulhento, intenso, mas passageiro, e quando enfrentado, costuma dar lugar à liberdade e à transformação.

Andar para a frente, nesse contexto, não é apenas se mover fisicamente, é tomar decisões conscientes, romper padrões nocivos, escolher o crescimento mesmo quando ele exige coragem. 

É reconhecer que a vida pulsa no movimento, que a evolução acontece quando ousamos sair do lugar. 

É entender que cada passo rumo ao desconhecido pode ser o início de uma jornada mais leve, mais autêntica e mais feliz.

Assim, o questionamento aqui feito é um convite para a reflexão do despertar. De perceber que não andar para a frente é desistir de viver plenamente. 

Eu espero que você escolha o crescimento mesmo quando ele exige coragem. Então, volto a perguntar: você já andou para a frente hoje?

Comentários

  1. Maravilhosa reflexão! Um empurrãozinho para tomar aquela decisão! Obrigada 🌹

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